terça-feira, maio 30, 2006

- Conversas com Futuro

Inserido no programa de actividades da Concelhia do PS de Almeirim, vai ser lançado um fórum de debate com o nome "Conversas com Futuro".

A primeira destas iniciativas contará com a presença do EuroDeputado do Ps e ex-Ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

Esta primeira acção está agendada para o dia 16 de Junho, Sexta-Feira, pelas 19:30, em local a designar.

O tema a abordar será "O futuro da Politica Agricola Comum".

As reservas podem ser efectuadas até dia 14 de Junho, para psalmeirim@gmail.com ou por SMS para os numeros 912967945, 936613524 ou 965071051.

sexta-feira, maio 19, 2006

- Newsletter 2

Newsletter numero 2 do Ps Almeirim

- PNPOT

O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) é um guia para conhecer o território de Portugal, para projectar o seu futuro e para agir tendo em vista o seu ordenamento e desenvolvimento.

A discussão pública do PNPOT incide sobre a proposta técnica aprovada pelo Conselho de Ministros, através da RCM n.º 41/2006, de 27 de Abril.

Poderá participar com as suas observações e sugestões até ao dia 9 de Agosto através do preenchimento e envio da Ficha de Participação.

Visite aqui o Site..

quarta-feira, maio 10, 2006

- Os 32 anos do 25 de Abril


Intervenção do Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Almeirim acerca dos 32 anos do 25 de Abril

terça-feira, maio 09, 2006

- Centro Hospital do Médio Tejo



Estou convicto que não há outra solução…



…de poeta todos temos um pouco…


Após dois anos de debate inter-pares, a solução integrada para os Hospitais do Médio foi surgindo e sendo gizada, dando lugar a um projecto e programa de complementaridade, em 2001.
Nessa altura, estavam definidas as actividades de cada hospital, bem como a forma como cada um deles poderia desenvolver algumas das suas valências, caminhando para ofertas de nível superior.
Só farei afirmações derrotistas neste parágrafo. Todos sabemos que estes três hospitais, com a dimensão e população que servem, deveriam ser só um. Todos sabemos que não há outro erro técnico desta dimensão na Europa, em que os recursos hospitalares construídos chegam para uma população de 500.000 habitantes. Erro do Governo PS que não travou a tempo o ímpeto populista do Governo PSD, erro dos autarcas do PS e do PSD que sempre amplificaram e amplificam a voz e o sentimento de perda, erro dos deputados que nunca deputaram com força contra o percurso do processo, erro dos profissionais que sempre alinharam e alinham pela visão caseira, erros nossos má ventura. Já perdemos sete anos! Fim da fase derrotista da opinião.
A parte realista da questão é que temos três edifícios novos, que sofrem de maleitas: distam trinta quilómetros ou trinta minutos entre eles (para umas coisas parece muito para outras nem tanto); nenhum deles é rentabilizavel por si só (não há dinheiro que resista, obrigam-se muitas triplicações); cada um serve uma população de 75.000 habitantes (manifestamente muito pouco); nenhum tem uma coordenação de funcionamento articulada com os centros de saúde a montante (a antiga incapacidade de articulação dos sectores de saúde); os profissionais especializados são muito poucos (imagine-se que ainda têm que ser repartidos em serviços repetidos, triplos e não complementares); não há transporte de utentes inter hospitais (atente-se que eu escrevi utentes e não doentes).
Para estes problemas só podem existir soluções que todos conhecem mas muito difíceis (não impossíveis):
• definir o nível de diferenciação de serviços que é razoável esperar de cada uma das unidades, respondendo à procura hospitalar das áreas de atracção de cada um dos hospitais;
• estabelecer uma rede de cuidados primários, com unidades de saúde familiar, mais próxima dos cidadãos e sem horários administrativos;
• criar uma rede permanente e activa de transportes inter unidades que sirva os utentes;
• pedir aos profissionais que partilhem esta solução para que os seus esforços sejam reconhecidos, para que se sintam motivados com os resultados, para que sintam que há mais interesse colectivo em causa;
• exigir ponderação dos políticos (pessoas e partidos). Em saúde, não se pode ser negativo. Há que gerir recursos, a bem da qualidade e em favor dos cidadãos. Embora a questão deva ser decidida por políticos e exija orientações e estratégias desenhadas por quem exerce o poder, logo é político, esta é uma questão muito complexa, talvez única, que obriga à conjugação de vontades e a muito diálogo sensato;
• propor que o Ministro considere este um caso especial, que deverá continuar a ser acarinhado numa perspectiva de maior diferenciação de algumas especialidades. É importante criar nesta zona do país serviços diferenciados de qualidade ou até mesmo de excelência. (pneumologia, fisiatria, hemodinâmica, neurologia). Podemos ser amanhã uma Unidade Local de Saúde para o Oeste e Vale do Tejo (802.000h) em algumas especialidades ou, para a AML (3.000.000h), noutras.
• perceber que a associação de municípios do Médio Tejo tem nesta matéria particular responsabilidade e tem por isso particular responsabilidade em ser parte da solução construtiva.
Estou convicto que não há outra solução, a não ser fazer convergir de forma integrada este conjunto de opções, promovendo os ganhos em saúde e criando serviços com mais valias relativamente aos actuais.
Há doze anos, quando eu estava perto, tinha essa convicção, agora que estou um pouco mais longe, continuo a afirmar que a complementaridade é a solução para a rede de saúde do Médio Tejo. A complementaridade, para os cuidados primários, diferenciados e continuados, a complementaridade, para os profissionais da saúde que olham para o interesse colectivo, a complementaridade, para os autarcas e políticos.
O Ministro terá de investir na diferenciação e qualificação dos cuidados de saúde, no Médio Tejo, aproveitando a mais valia existente.
Sonho para alguns? Convicção para mim!

Lisboa, 17 de Abril de 2006

Deputado Nelson Baltazar
publicado no Jornal "A Barca"

- Reflexões de um cidadão

REFLEXÕES DE UM CIDADÃO

Quando em 2003 os E.U.A. e alguns Países da Europa, incluindo Portugal, decidiram que o Iraque deveria ser invadido, anunciaram, que entre os motivos, estava a democratização e o estabelecimento de uma paz que fosse exemplo para a Região. Volvidos 3 anos, é verdade que desapareceu um ditador, mas, a paz e a democracia são apenas miragens. Desde que começou a guerra, morreram entre 30 a 40 mil pessoas, conforme as fontes, entre civis e militares. Obviamente que hoje é legitimo perguntar-se onde estavam as armas de destruição massiva ou onde está a paz tão prometida. É também legitimo pedir àqueles que dividiram a Europa que comentem a escalada dos preços do petróleo, que não é mais do que uma consequência directa da intervenção militar e, para muitos economistas, o principal factor para que a Europa não cresça mais economicamente. Mais uma vez, alguns países europeus foram ingénuos ao ponto de acreditar que a Administração BUSH apenas tinha interesses democráticos. Após todo este tempo e numa altura em que se fala insistentemente da possível invasão do Irão todos, sem excepção devemos aprender com a história e perceber que os conflitos muito raramente se resolvem pela força das armas.
Há alguns anos atrás o Dr. Mário Soares proferiu declarações dizendo que se para alcançar a paz fosse necessário negociar com os terroristas se deveria fazê-lo. Muitos foram os críticos, inclusive eu próprio, no entanto com o passar do tempo cada vez me convenço mais que o diálogo é a única via.
Tomaremos como exemplo outros conflitos e recordemos aqui uma frase do Arcebispo da Africa do Sul Desmond Tutu: “Por vezes para se alcançar a paz é mais importante agir com sabedoria que com justiça”. Esta frase foi proferida no contexto do fim do “Apartheid”. Se Mandela pretende-se aplicar a justiça a quem tinha assassinado e escravizado 90%, da população, teria desencadeado uma guerra civil com centenas de milhares de mortos. Preferiu a sabedoria de nomear Tutu para a Comissão da Verdade onde os crimes foram identificados mas posteriormente amnistiados. Mandela levou à letra a frase bíblica de oferecer a outra face. No entanto, podemos considerar mais alguns exemplos. Arafat foi considerado durante anos um perigoso terrorista por todo o mundo ocidental. Em meados de 90 foi recebido na Casa Branca com honras de Chefe de Estado pelo Presidente Clinton para negociar com Rabin Primeiro-Ministro de Israel.
O aperto de mão entre os dois foi considerado, por muitos, de ambos os lados, uma traição a 3000 anos de conflito. Mais tarde, Sharon, que defendeu o assassinato de Arafat durante toda a sua vida, percebe que nunca acabaria com o estado de guerra em que Israel sempre viveu desde a sua fundação e que a única solução passava pela mesa das negociações. A Irlanda do Norte, que vive um conflito entre cristãos e protestantes há 700 anos, com centenas de mortes de ambos os lados apenas resolveu a situação quando o IRA e o Governo Britânico se sentaram para falar, o que culminou em 1998 nos acordos de sexta-feira Santa. Ainda o mês passado, a ETA, os inimigos públicos dos Espanhóis, declararam um cessar-fogo permanente. Após 40 anos de conflito, não foram os serviços secretos nem os militares ou as forças de segurança que terminaram com o terrorismo. Foi o diálogo.
Estes exemplos são a meu ver aplicáveis à questão Iraquiana, a opção é entre a justiça de condenar os responsáveis pelas 40 mil mortes ou a sabedoria de evitar outras tantas. Espero que a Europa unida, esteja à altura de abraçar este desafio, uma vez que o Sr. Bush já se mostrou totalmente incompetente em matérias de paz. Como já se provou com o “Apartheid”, a OLP, o IRA ou a ETA, o tempo e os protagonistas podem mudar aquilo que hoje parece impossível. Haja líderes e vontade de mudar.

Pedro Ribeiro
Publicado em "O Almeirinense"

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